Hoje, depois de ver "Turbo" com minha filha Alice de 7 anos (a pedido dela pela segunda vez), venho com boas notícias!
Ao contrário de "Carros" que é indecentemente excludente de personagens femininas memoráveis (segundo Alice tem aquela azul e aquela verde...), "Turbo" vem com uma coleção memorável de belos personagens femininos.
Não, o protagonista não é uma mulher. Nem o cara mais importante, nem mesmo a namorada do personagem principal.
A única a aparecer no poster do filme (que só contem os caracóis) é a caracol cor-de-rosa (preguiiiiça) Burn, que fala de namorados o tempo todo. Acaba sumindo por falta de personalidade.
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Única personagem feminina principal, acaba sumindo por falta de personalidade. |
Mas isto passa quase despercebido ao longo do filme, porque somos apresentados a uma coleção VARIADA de personagens femininas. Algumas aparecem apenas rapidamente, como uma pilota que segundo a voz anuncia ganhou a corrida de São Paulo (na versão dublada, na em inglês não sei).
Mas duas personagens chamam a atenção. A primeira é Paz, a figura interessante abaixo, é jovem, inteligente, e dona de uma oficina mecânica.
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Paz, uma mulher jovem, dona de oficina mecânica, chefe de 2 homens. Estou profundamente impressionada! |
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Kim-Ly. Um refresco dos estereótipos, apesar da voz ser dublada por um homem. |
Fiquei feliz. Feminismo é isso. Não é dizer que mulher tem que fazer o que homem faz. Não é odiar homem. É poder curtir com sua filha um filme sobre corrida de carros, e se sentir representada.
Não ganhamos esta corrida, mas estamos no páreo.
PS: Em tempo, para ver uma menina realmente ganhar uma corrida de carros (só que competindo com outras meninas) sugiro o excelente "Detona Ralph".
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Eu ganhei! A corrida, co-personagem principal e um carro maneiro (embora cor-de-rosa). |
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